sábado, 3 de janeiro de 2015

Círculo Vicioso

Certa noite de sábado, por volta da 1h da manhã, voltando de um bar, sentei-me em um banco de uma praça com um amigo.
Conversávamos sobre assuntos dos mais diversos. 
Estava uma agradável noite de verão: não fazia mais de 20ºC e ventava timidamente. 
A iluminação, mesmo precária, era razoável, ainda mais se comparada ao resto da cidade e, teoricamente, não era uma região perigosa nos quesitos assaltos e violência.
Apesar de todos esses atrativos, exceto por alguns poucos transeuntes, o lugar estava completamente deserto.
Um espaço público agradabilíssimo abandonado, sem vida, em plena noite de sábado.
O estabelecimento aberto mais próximo, um bar, a duas quadras dali, lotado no seu interior, mas um oásis em meio a uma gigantesca e deserta zona residencial.
Farmácias abertas? Não existem!
Cafés, então? Muito menos!
Mercearias? Bobagem!
O único lugar aberto num raio de um quilômetro era um bar, cujos frequentadores utilizavam-se de automóveis para os seus deslocamentos.
Não havia vida naquelas ruas próximas.
Mas haveria se tivesse algum café ou restaurante aberto nas proximidades?
Haveria se existissem vitrines atraentes de lojas próximas?
E se houvesse ofertas de mercearias e farmácias 24h pela região?
Mas é perigoso manter um comércio aberto à noite.
Não tem ninguém na rua.

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