segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Que decepção, Submarino.com!


Certa feita, fui realizar a compra de uma televisão na loja virtual Submarino.com. Não o fiz, devido à, na minha opinião, explícita propaganda enganosa acerta do benefício de Frete Grátis, oferecido para alguns produtos e para algumas regiões. Fiz uma reclamação. Recebi uma resposta. Eis a minha réplica:

"Transcrevo aqui parte da resposta que me foi enviada por e-mail pela empresa Submarino.com:

'Prezado Sr. Matheus,
Conforme política de frete:
O frete grátis é valido para produtos que estão nos Centros de Distribuição perto de você (o lugar onde a gente guarda tudo isso que você vê no nosso site).
Se tivermos o produto somente em um Centro de Distribuição longe do lugar que você mora, a gente manda buscar, mas o frete será cobrado.
Att.
Kátia Ribeiro
SAC | RECLAME AQUI'

Tal resposta me deixou profundamente magoado, uma vez que é apenas uma transcrição do texto referente às políticas do site. Em segundo lugar, não explica absolutamente nada do que foi requerido. Tentarei esclarecer (ainda melhor) a situação:

1. Encontro uma TELEVISÃO de bom preço no site Submarino.com e resolvo comprá-la;
2. Na página do referido produto há um selo de “Frete Grátis”, que, no entanto, adverte para que o consumidor verifique as “Regras do Site”;
3. Nas regras do site, verifico que o benefício de Frete Grátis para produtos do departamento de “TVs Vídeo” está disponível para a minha região (Sul);
4. Ao informar o meu CEP (da região sul), antes de efetuar a compra, recebo a informação que será acrescido o valor de R$ 66,67, referentes ao frete.

Até o que me consta, faz sentido um produto denominado “televisão” fazer parte do departamento de “TVs & Vídeo”, fazendo-me pensar que alguma coisa está errada. Entendo perfeitamente que, se um produto está muito longe do seu local de destino, há um custo elevado para o transporte, e ele pode ser cobrado. Até não me importaria de pagar, se fosse o caso. Agora, o que me importa, e muito, é a PROPAGANDA ENGANOSA sobre o frete, e que está explícita. E o Submarino parece não se importar, além de não dar uma única explicação convincente!

O pior de tudo, e o que me deixa mais decepcionado, é que a solução é simples: MUDEM A PARTE DO SITE ONDE ESTÁ ESCRITO QUE EXISTE O BENEFÍCIO DO FRETE GRÁTIS DO DEPARTAMENTO DE TVS & VÍDEO PARA A REGIÃO SUL, POIS, DE FATO NÃO HÁ (uma vez que, ao valor da compra de uma TELEVISÃO é acrescido o valor de R$ 66,67, referentes ao frete para um estado da REGIÃO SUL)! Talvez se estivesse explícito que, de maneira alguma há o benefício do Frete Grátis do produto em questão para a região onde moro, eu entenderia e realizaria a compra. Não foi o caso.

Estou aqui, de bom grado, apenas sugerindo que modifiquem a seção das regras do site que fala sobre as políticas do benefício do Frete Grátis, pois, atualmente, elas não correspondem com realidade. Esclareçam o consumidor, não ludibriem as pessoas, pois o serviço que vocês prestam e os produtos que vendem são de qualidade. Garanto que, promovendo tais mudanças, perderiam pouquíssimos clientes e ainda renovariam as esperanças daqueles que ainda acreditam em empresas honradas e sinceras.

Obrigado"

Aguardo a tréplica.

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

A (não) implantação do BRT em Porto Alegre

Obras do BRT na Avenida Protásio Alves
Talvez quem não seja de Porto Alegre não saiba, mas entre as obras de mobilidade para a Copa do Mundo de 2014 estava a implantação do sistema de Bus Rapid Transit (BRT). Tal sistema é ampla e satisfatoriamente utilizado em cidades como Curtiba, Bogotá e Medellín, baseando sua estrutura em grandes ônibus, em estações de embarque e de desembarque, em vias segregadas e na possibilidade de ultrapassagem dentro dessas vias.

Acontece que Porto Alegre “optou” pelo pior sistema de transporte coletivo (e aqui coloco optou entre aspas, pois, de fato, nada foi feito e o sistema BRT está longe de ser verdadeiramente implantado). É poluente, barulhento, além de ocupar um espaço gigantesco que a cidade simplesmente não possui. O tram (ou elétrico), o chamado Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), amplamente utilizado na Europa, seria, sem dúvidas, um sistema perfeito para a característica viária de Porto Alegre: os corredores viários já existem, sendo necessário, tão somente, a montagem da rede elétrica. Mescla a eficiência do Metrô com a facilidade de execução, por exemplo, do BRT, além de ser muito mais confortável e bonito!

Quanto à funcionalidade, qualquer um dos dois que fosse implantado, nunca seria realmente eficiente se não fosse complementado por uma rede integrada com os outros meios de transporte. Além disso, Porto Alegre é uma metrópole, o fluxo diário na cidade muito se dá pelos moradores das cidades satélites que trabalham na capital. Portanto, nenhum sistema de transportes de massa deveria ser pensando exclusivamente para a cidade, mas sim para toda a Região Metropolitana.

P.S.: Hoje, no dia 6 de janeiro de 2015, as obras para implantação do sistema BRT em Porto Alegre, iniciadas em 2012, que deveriam estar prontas para a Copa do Mundo, continuam se arrastando. Para não dizer que nada foi feito, cobriram boa parte das pistas a serem utilizadas com concreto (que já está rachando, diga-se de passagem). Enquanto isso, os cidadãos porto-alegrenses sofrem com atrasos, com ônibus lotados e sem ar-condicionado, com paradas precárias e sem iluminação. Em suma, continuamos sofrendo com um sistema de transporte coletivo ineficiente.

domingo, 4 de janeiro de 2015

Não confundir com urbanista!

Ur.ba.ni.ta

(urbano + -ita)


adjetivo de dois gêneros e substantivo de dois gêneros


Diz-se de, ou pessoa que reside em cidade. Citadino.




sábado, 3 de janeiro de 2015

Círculo Vicioso

Certa noite de sábado, por volta da 1h da manhã, voltando de um bar, sentei-me em um banco de uma praça com um amigo.
Conversávamos sobre assuntos dos mais diversos. 
Estava uma agradável noite de verão: não fazia mais de 20ºC e ventava timidamente. 
A iluminação, mesmo precária, era razoável, ainda mais se comparada ao resto da cidade e, teoricamente, não era uma região perigosa nos quesitos assaltos e violência.
Apesar de todos esses atrativos, exceto por alguns poucos transeuntes, o lugar estava completamente deserto.
Um espaço público agradabilíssimo abandonado, sem vida, em plena noite de sábado.
O estabelecimento aberto mais próximo, um bar, a duas quadras dali, lotado no seu interior, mas um oásis em meio a uma gigantesca e deserta zona residencial.
Farmácias abertas? Não existem!
Cafés, então? Muito menos!
Mercearias? Bobagem!
O único lugar aberto num raio de um quilômetro era um bar, cujos frequentadores utilizavam-se de automóveis para os seus deslocamentos.
Não havia vida naquelas ruas próximas.
Mas haveria se tivesse algum café ou restaurante aberto nas proximidades?
Haveria se existissem vitrines atraentes de lojas próximas?
E se houvesse ofertas de mercearias e farmácias 24h pela região?
Mas é perigoso manter um comércio aberto à noite.
Não tem ninguém na rua.